Bons para a saúde e para o paladar, os óleos extraídos de sementes brasileiras estão cada vez mais em alta, tanto na área gastronômica quanto na da saúde. Assim, chefs, cozinheiros e nutricionistas utilizam as especiarias em receitas médicas ou gastronômicas. Não precisa ir muito longe para notar referências à castanha-do-pará, pepitas de girassol, sementes de abóbora e linhaça, entre outras importantes fontes de ômegas 3, 6, 9. Detalhe: a pureza da extração dos elementos, sem utilização de elementos químicos, é que faz toda a diferença.
Se puros, além de não denegrirem a originalidade dos seus componentes, garantem também o sabor para os pratos mais variados. “Os óleos se dividem em origem animal e vegetal. Os de origem animal são as gorduras do leite e seus derivados, das carnes, embutidos e gema do ovo. Já os óleos de origem vegetal são extraídos de sementes e grãos”, explica a nutricionista Taís Pereira. Ela explica, ainda, que a principal diferença entre eles é a saturação: “os óleos de origem animal aumentam o colesterol, enquanto os vegetais possuem gorduras que auxiliam no organismo de maneira especifica”.
De acordo com a nutricionista, a melhor maneira de extração desses óleos é a frio, pois preserva as qualidades de aroma e sabor. “Nutricionalmente, os óleos de canola e girassol, bem como o azeite de oliva (extraído da azeitona), contribuem na prevenção e tratamento de inúmeras doenças, como arteriosclerose e trombose”, garante.
Valor Gastronômico
Apesar do sucesso das sementes nos menus mais requintados, é bom avisar que não é de hoje que as propriedades e o sabor das sementes e dos óleos de sua extração são apreciados na culinária brasileira. De acordo com o cozinheiro José Carlos do Amaral Júnior, a própria semente de abóbora é, há muito tempo, usada como aperitivo, depois de lavada, tostada e salgada. “Mas temos sempre o problema do custo desses produtos que são, realmente, caros. E tanto para quem usa em casa como em uso profissional.”
Entre as diversas utilizações, está o uso de sementes puras no preparo de massas e omeletes; castanha-do-pará, frutas secas e linhaça em pães; e até maionese feita com óleo de avelã para um peixe com crosta de sementes, indica o cozinheiro. Para quem não é fã do sabor dessas especiarias, mas não abre mão do valor nutricional, Amaral Júnior diz que o óleo de canola não interfere no sabor ou aroma do alimento. Ele ensina, ainda, que, caso queira uma salada saborosa e nutritiva, basta tostar sementes de abóbora e colocá-las com tomates.
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