Como se livrar das dívidas e começar o ano mais sossegada

por | jun 30, 2016 | Receitas

Um parcelamento, um cheque pré-datado, uma compra que não estava planejada, um impulso consumista… E assim, de pouco em pouco, as dívidas se tornam grandes e difíceis de serem quitadas.

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Segundo o educador financeiro Reinaldo Domingos, autor do livro “Terapia Financeira” (Editora DSOP), quem quer quitar as dívidas deve começar fazendo uma investigação do que está levando a gastar mais do que ganha. Em seguida, é hora de começar a negociá-las. O fim do ano é um ótimo momento para reavaliar os seus gastos e fazer um planejamento financeiro para que no ano seguinte a história não se repita. Veja algumas dicas do profissional:

Cheque especial

“É uma das taxas mais altas de juros praticadas no mundo. Por isso, procure o quanto antes o gerente da sua conta e proponha imediato cancelamento dessa linha de crédito, mesmo que a esteja utilizando. Sugira a troca por uma linha de crédito que não ultrapasse 3% de juros mensais. Caso esteja pagando 100 reais de juros ao mês, proponha um parcelamento do mesmo valor, com prazo alongado. Isto fará com que não tenha mais que pagar juros mensais de 10% – o que faz a dívida dobrar a cada sete meses. Caso o gerente não aceite, o melhor a fazer é poupar para uma futura negociação”, diz.

Cartão de crédito

“Busque negociação com operadora do cartão ou banco. Proponha um parcelamento com juros que não ultrapassem 3% ao mês, com prestações que caibam no orçamento financeiro mensal. Caso a operadora ou banco não aceitem, não faça acordos que não conseguirá cumprir. E mesmo que o seu nome esteja negativado, guarde dinheiro mensalmente para uma futura negociação das parcelas do cartão de crédito. Outra estratégia é buscar crédito com taxas mais baixas como, por exemplo, o crédito consignado. Mas atenção: não resolve trocar um credor por outro, é preciso resolver e atacar a verdadeira causa do desequilíbrio financeiro”, aconselha.

Financiamento de casa

“Para a maioria dos brasileiros a compra da casa própria é um sonho que só é possível realizar adquirindo uma dívida, o financiamento imobiliário. Em boa parte dos casos, o que impede o pagamento das prestações da casa são os gastos supérfluos. Por isso, se está difícil pagar as prestações, o melhor a fazer, além de cortar excessos de gastos, é procurar a financiadora e propor um alongamento da dívida, adequando a prestação à real capacidade de pagamento. Caso não consiga a renegociação, estude a possibilidade de trocar o imóvel por um de preço inferior”, diz.

Carro parcelado

“Um veículo não é investimento, e sim um bem de consumo. A prestação em si nem sempre é o motivo da dificuldade de custeá-lo – embora ao final do financiamento a pessoa tenha pagado por dois veículos e levado apenas um. O verdadeiro problema está na manutenção do veículo, cujo custo mensal equivale, em média, a 3% do valor do carro. A manutenção de um veículo de 20 mil reais, por exemplo, tem um custo de aproximadamente 600 reais mensais, com gasolina, seguro, licenciamento, IPVA, entre outros. Portanto, é importante analisar o custo-benefício da compra do veículo. Se tê-lo for uma necessidade, mas estiver difícil pagar, é melhor rever o orçamento e tentar renegociar o prazo da dívida com prestações que realmente caibam no bolso, considerando todas as demais despesas já assumidas. Se a renegociação também não for possível, o melhor é buscar um advogado e providenciar a devolução do veículo”, explica.