Imagine uma reunião de amigos na sua casa, com um jantar seguido de boa conversa e muita animação. Agora, imagine fazer a festa sem ter que se preocupar com o que você vai servir, se tem algo queimando no fogo enquanto você recebe o pessoal na sala ou se você está dando conta de agradar a todos com a comida, ambiente e decoração. Um alívio e tanto pular a etapa estressante dos preparativos e curtir o encontro como se você não fosse a organizadora, não acha? Então, que tal juntar a essa tranqüilidade pratos saborosos e requintados, preparados exclusivamente para você e seus convidados, com o toque especial de um chef? Voilà, não é sonho nem luxo digno só de reis, rainhas, nobreza e celebrities – esse é apenas o começo do que um personal chef pode oferecer a você e à sua festa. Sem mágica, mas com muito planejamento e jogo de cintura, ele transforma a sua cozinha num restaurante em casa.
Gosto de propor um menu degustação em que pequenas porções de vários pratos são servidos, possibilitando uma experiência mais intensa e completa de sabores sem que se precise partir para exageros
Sofisticação e praticidade
Segundo Sabrina de Moraes, coordenadora de eventos da empresa de gastronomia Chef em Casa, em São Paulo, o que garante o sucesso do serviço é a comodidade que ele proporciona. “Para quem não quer enfrentar o trânsito ou mesmo sair de casa para comer bem e encontrar os amigos, o interessante é que, com o chef em casa, é como se o restaurante viesse até você”, explica. “Poupa tempo, trabalho e a pessoa aproveita a festa como se fosse apenas mais uma convidada”, garante a chef Andrea Tinoco, do Buffet Andrea Tinoco, no Rio, que acredita que hoje as pessoas têm tido muito pouco tempo para arregaçar as mangas e colocar a mão na massa.
Não só o menu especial, geralmente personalizado, faz a cabeça dos gourmands. “O chef acaba virando uma atração à parte”, garante o chef Danio Braga, do Locanda Buffet, no Rio. É o que também pensa Artêmio Silva, chef do restaurante japonês Pe’ahi Temakeria & Sushi bar, também na capital carioca. Para ele, a noite ganha um diferencial e a anfitriã fica à vontade para receber seus convidados com o conforto de que tudo está correndo bem na cozinha. “O cliente não precisa se preocupar com nada, só define dia, local e horário”, tranqüiliza o chef João Belezia, à frente do João Belezia Gastronomia, em São Paulo. Quanto ao resto, deixe para quem entende do assunto! Agrado para a alma e para o paladar – esse é o lema mantido do início ao fim pelos chefs.
Mariana Birchall, cliente da chef Andrea Tinoco, confirma: “Já contratei a Andrea mais de uma vez para ir lá em casa, porque, afinal, um serviço impecável, que me dá trabalho zero, é um bom motivo para me fazer ficar longe do fogão. Até gosto de cozinhar, mas quem cozinha não curte a festa”, reconhece. Mariana também garante que arranca suspiros da platéia: “Meus convidados sempre adoram, não há como negar que existe um certo glamour em ter o chef em casa. E parece até que tudo fica mais gostoso!”, avalia Mariana, cujo o prato inesquecível é o risoto de pato. “Faz o maior sucesso!”, delicia-se.
Os “ingredientes”do chef
Cardápio: O primeiro passo – e o mais importante, segundo os chefs – é conhecer os clientes. Assim, é possível saber quais são seus gostos e seus ingredientes preferidos, bem como o que não pode ser servido de jeito nenhum à mesa. “Um simples tempero que não agrade pode tornar o evento uma catástrofe!”, preocupa-se João Belezia. Estudar os gostos, hábitos e até mesmo a personalidade é essencial para a equipe não cometer nenhuma gafe. Já pensou servir carne numa casa de vegetarianos ou porco na casa de judeus? “Só depois do bate-papo com os clientes é que sugiro o cardápio, sempre personalizado. Ele é discutido, podendo ser alterado e adaptado ao gosto do freguês!”, explica João Belezia.
O chef destaca que a gastronomia, hoje, tende a oferecer pratos mais leves, sempre saborosos, porém mais saudáveis. “Gosto de propor um menu degustação em que pequenas porções de vários pratos são servidos, possibilitando uma experiência mais intensa e completa de sabores sem que se precise partir para exageros”, afirma João. Ele explica que um jantar tradicional normalmente envolve entradas diversas, um ou dois pratos principais, sobremesas e bebidas que harmonizem com o que está sendo servido. “Tudo personalizado, especialmente preparado para cada cliente e para cada ocasião”, reitera o personal chef.