Azeite de Minas Gerais tem azeitonas cultivadas ao som de música clássica: entenda técnica

Produzido no sul de Minas Gerais, o azeite Monasto, do Magadu Olival, ganha destaque por seu reconhecimento internacional e por sua produção bastante requintada. A azeitona que dá origem ao produto é cultivada ao som de música clássica.

Premiado na categoria delicado do concurso internacional de Nova York e no torneio de Atenas, com o duplo ouro, o azeite Monasto nasce na Fazenda Santa Helena, em Maria da Fé, de forma inusitada: das 6h às 18h, os alto-falantes da plantação transmitem música clássica para as árvores.

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Em entrevista ao programa Globo Rural, a produtora Rosana Chiavassa contou que decidiu espalhar caixas de som entre os pés de azeitona como um tratamento para as plantas. “Quando a gente chegou aqui, as árvores estavam muito judiadas (…) E, para mim, colocar música seria uma forma de cuidar delas”.

De acordo com Rosana, as 60 caixas de som espalhadas a 45 metros uma da outra, tocando música clássica, melhoraram a produção das oliveiras. “É como se as plantas recebessem um afago, um carinho a mais”, declarou. Toda a instalação é subterrânea e nenhum fio fica à mostra.

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O processo foi implementado por Luis Leão, musicoterapeuta que estuda a influência da música nas plantas. “O que a gente entende é que a música vai afetar o ambiente como um todo. Como essa música pode atrair ou afastar alguns tipos de animais, sejam predadores ou polinizadores mesmo”, explicou Luis à reportagem.

Segundo o especialista, a linha de pensamento é biológica e celular. O som pode influenciar na produtividade da seiva e na comunicação da raiz com o fruto, resultando em maior qualidade do azeite.

Descobertas gastronômicas