Pessach, a Páscoa judaica

por | jun 30, 2016 | Receitas

A Páscoa Judaica ou Pessach é uma festa religiosa comemorada pelo povo judeu e lembra a passagem da escravidão no Egito para a condição de liberdade, conforme evento descrito no Torah (Livro Sagrado dos Judeus) de acordo com os autores Paulo Cesar Tomaz e Sandra de Cássia Araújo Pelegrini. Comemorada anualmente por judeus no mundo todo durante o mês de abril, a preparação da Páscoa judaica segue ritos bem característicos com orações e também a elaboração de pratos específicos para essa ocasião.

Esta festa, segundo o calendário judaico, acontece entre os 15º e 23º dias de Nissan, primeiro mês do calendário judaico, o que equivale a março ou abril do calendário cristão. Esta data marca o nascimento dos judeus como povo, muito antes do nascimento de Cristo, há mais de três mil anos. Ela significa a comemoração da libertação dos israelitas da escravidão no Egito para buscar a liberdade na terra de Canaã, local onde poderiam praticar sua religião e seus costumes de acordo com suas tradições. Essa passagem marca um novo significado para a celebração da Páscoa Judaica, já que anteriormente, possuía um caráter mais pastoral e agrícola. A partir deste momento, a páscoa adquiria um significado religioso, de uma festa em celebração a uma vida nova, a fertilidade da terra e as novas conquistas.

Os alimentos da Pessach

O alimento mais característico é o pão cotazo ou pão magro, que é um pão sem fermento. Ele simboliza a pressa da partida do povo judeu que não podia esperar para que a massa do pão levedasse, como pode ser visto no livro de Êxodo, capítulo 12: “no décimo quarto dia de Nissan deve-se dar a retirada de todo fermento (chametz) de dentro da casa, visto a lei proibir a ingestão de qualquer alimento levedado durante o período da festa.” Assim, os judeus podem se alimentar do pão ázimo, que é um pão sem fermento.

Outros alimentos também são comuns como a pasta de amêndoas e o grão de bico, o carneiro assado, o ovo cozido que simboliza a transformação da vida, o uso da erva marôr que tem como simbologia a vida amarga que os povos sofreram durante a escravidão no Egito e o charôsset que é um doce de consistência pastosa com sabor suave feito a partir da mistura de nozes, amêndoas, tâmaras, canela e vinho. A sua textura e cor lembram a terracota que remete à argamassa usada no trabalho dos hebreus ao fazerem tijolos no Egito.

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